16/06 - sexta feira 19h - 21h
17/06 - sábado 09h - 18h
Com quantas quedas se faz um chão? Para onde as perdas nos carregam? E o que carregamos a cada perda? Que movimento a queda impõe? Cotidianamente somos confrontados com o imperativo de felicidade e produtividade, aversão as perdas e a tristeza. Os discursos são de ascensões desenfreadas, de urgências, de perigosos pedestais. Paradoxalmente, vivemos uma epidemia de Depressão, caracterizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como a doença mais incapacitante dos nossos tempos.
O envelhecimento e a morte são cada vez mais rechaçados da realidade cotidiana e as experiências de luto são patologizadas e marginalizadas. Saber-se movimento e queda, saber-se frágil e vulnerável, suportar cair é uma travessia que inevitavelmente se impõe na vida de todos.